5 de Janeiro - Um dia de cada vez - William MacDonald

Um dia de cada vez - William MacDonald

5 de janeiro


“Muito é o povo que está contigo...” (Juízes 7:2)

Cada um de nós tem um desejo sutil pelos números e uma tendência a julgar o êxito pelas estatísticas. Há um certo desprezo em torno dos grupos pequenos, enquanto que os grupos grandes demandam atenção e respeito.
Qual deve ser a nossa atitude nesta área?

Os grupos numerosos não devem menosprezar-se se forem o fruto da obra do Espírito Santo. Este foi o caso no Pentecostes quando quase três mil almas entraram no reino de Deus.

Devemos alegrar-nos pelos grupos numerosos se é que significam glória para Deus e bênção para a humanidade. Devemos desejar ver grandes multidões que elevem os seus corações e vozes em louvor a Deus, alcançando o mundo com a mensagem da redenção.

Por outro lado, os grupos numerosos são maus se conduzirem à altivez ou à soberba. Deus teve de reduzir o exército de Gedeão para que Israel não dissesse: “A minha mão me livrou.” (Juízes 7:2). E. Stanley Jones disse uma vez que se sentia resistente à nossa “luta contemporânea pelas multidões que conduz, como acontece, a um egotismo coletivo”.

Os grupos grandes são maus se nos fazem depender do poder humano e não do poder do Senhor. Provavelmente este foi o problema com o censo que levantou Davi (2 Sm 24:2-4). Joabe percebia que os motivos do rei não eram puros e protestou, mas em vão.

As congregações grandes são indesejáveis se, para consegui-los, baixamos o nível, comprometemos princípios Escriturais, suavizamos a mensagem ou falhamos em exercitar a Santa disciplina. Sempre existe a tentação de fazer isto, se pomos o olhar nas multidões, em vez de pô-la no Senhor.

Os grupos grandes são menos que ideais se deles se deriva uma perda de comunhão íntima entre uns e outros. Quando os indivíduos se esfumam entre as multidões, quando estão ausentes e não se lhes sente a falta, quando ninguém compartilha os seus gozos e penas, então abandonamos o conceito total de vida corporativa.

Os grupos numerosos são maus se afogam o desenvolvimento dos dons no corpo. É muito significativo que Jesus escolhesse 12 discípulos. Uma enorme multidão teria sido difícil de manejar.


A regra geral de Deus foi trabalhar por meio do testemunho de um remanescente. Não O atraem as grandes multidões nem rechaça as pequenas. Não devemos nos vangloriar das grandes membresias, mas tampouco devemos contentar-nos com minorias se estas são o resultado de nossa preguiça e indiferença.

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