A sabedoria dos homens e o poder de Deus
n°1
Sermão
pregado na manhã de domingo no dia 13 de julho de 1980
por
john piper
na
igreja batista de belém
E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o
testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus
Cristo, e este crucificado. E eu estive
convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram
em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e
de poder; Para que a vossa fé não se
apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. (1 Coríntios
2:1-5)
Eu Consideraria que minha vida bem gasta se pudesse pregar,
viver e morrer como o apóstolo Paulo, que escreveu estas palavras em 1
Coríntios 2:1-5. Se você abrir a Bíblia nesta passagem do Novo Testamento,
creio que poderíamos ver um pouco do que um pregador deveria tentar alcançar
com seu trabalho e como ele e sua gente podem garantir alcançar essa meta.
Sob a
autoridade da Palavra
A W. A. Criswell, pastor de uma grande igreja em Dallas, foi
questionado certa vez por um homem que tinha um negócio do outro lado da rua:
“Dr. Criswell, eu pensei que você era pastor de uma igreja Batista. Como é que
toda a sua gente leva livros de orações à igreja aos Domingos?” Criswell,
sorriu e disse, “Senhor, somos Batistas e essas são Bíblias e não livros de
orações.”
Os Batistas em todo o mundo tem a reputação de insistir que
todo homem e mulher leiam a Bíblia, e eu quero manter essa grande tradição. Se
eu pudesse escolher um som simbólico que
a Igreja Batista de Belém pudesse ser identificada, sabe qual seria? O som das
folhas de 500 Bíblias virando simultaneamente para os textos de manhã e de
noite.
Está é a razão: a fonte da minha autoridade neste púlpito
não é - como veremos - minha sabedoria. Tão pouco é uma revelação privada que
foi me dado a mais além das Escrituras. Minhas palavras têm autoridade
unicamente na medida em que são uma repetição, implantação e aplicação correta
das palavras das Escrituras. Eu tenho autoridade apenas quando estou debaixo de
autoridade. E nosso símbolo corporativo de que a verdade é o som de suas
Bíblias se abrindo. Minha profunda convicção sobre a pregação é que um pastor deve
mostrar as pessoas que o que está dizendo já foi dito ou está implícito na
Bíblia. Se não pode ser demonstrado, não tem autoridade especial.
Sinto pena do pastor que aumenta a sua própria carga
tentando ter novas ideias para pregar ao seu povo. Quanto a mim, não tenho nada
de valor para dizer, mas Deus sim, e espero e oro para que eu nunca me canse de
falar sobre essa Palavra. A vida da igreja depende ela.
O Dr. Criswell, dá um aviso aos pastores, que penso que está
certo e a qual vejo como um grande desafio. Ele disse:
“Quando um homem vai à igreja geralmente escuta um pregador
no púlpito repetindo tudo o que ele leu nos editoriais, em jornais e em
revistas. Nos comentários na TV escuta a mesma coisa outra vez, boceja, e sai
para jogar golf aos domingos. Quando um homem vem à igreja, o que na verdade
está dizendo é “Pastor, eu sei o que os comentarista de TV dizem, ouço eles
todos os dias. Sei o que os jornais têm a dizer, leio diariamente. Eu sei o que
as revistas têm a dizer, eu as leio toda semana. Pastor, eu quero saber é se
Deus tem algo a dizer. Se assim for, diga-nos o que é.”
O
objetivo do ministério de Paulo: Fé no poder de Deus
Vejamos 1 Coríntios 2:1-5. Paulo passou cerca de 18 meses em
Corinto em sua primeira visita. Agora, ele escreve sua primeira carta para
advertir os crentes contra a basear sua fé na sabedoria dos homens e não no
poder de Deus. Uma das maneiras que ele faz isso é lembrando-lhes qual era seu
propósito na primeira vinda a eles e como ele veio. Primeiro falaremos sobre o propósito do ministério de Paulo (e o nosso).
Versículo 5: seu objetivo, seu propósito era que “a vossa fé
não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deu.” Paulo
declarou uma e outra vez:”Pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a
obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome” (Romanos 1:5). O
propósito da vida de Paulo é o propósito da minha vida, e deveria ser o
objetivo de todo pastor, de todo estudante seminarista, de todo professor de
escola dominical, e de todo crente que fala com pessoas: produzir e edificar a
fé.
Aconteceu nos dias de Paulo e creio que prolifera hoje – nas
igrejas e na TV e no rádio – para tentar gerar a fé chamando a atenção para as
coisas erradas. Isto tem um efeito devastador na missão de Cristo e na igreja,
como eu acho que podemos ver ao analisar melhor o versículo 5.
Por que é tão crucial que nossa fé não se baseie na
sabedoria dos homens, mas sim no poder de Deus? Será que realmente importa no
que sua fé se baseia enquanto Cristo é o objetivo da sua fé? Para Paulo o que
um pregador oferecia como base para a fé fazia uma grande diferença, por que?
A razão pode ser encontrada no capítulo 1. E está: se você
tentar basear a fé salvadora na “sabedoria dos homens” deixa de ser fé
salvadora porque o conteúdo dessa fé é considerada uma loucura pela sabedoria
do mundo. A fé genuína, e com ela, a vida eterna, está em jogo na base que
oferecemos para a fé. É possível oferecer uma base que arruíne a fé. Há um tipo
de fundamento que destruirá a estrutura superior da fé. Assim, é fundamental
para nossa fé que nós não a baseamos na sabedora dos homens e sim no poder de
Deus – porque se baseia-se na sabedoria dos homens é uma miragem, uma fé falsa
A
sabedoria dos homens
Por quê? O que faz com que a sabedoria dos homens seja
destrutiva para a fé? Nos versículos 1 e 2 há um contraste entre a tentativa de
trazer um testemunho de Deus com palavras de sabedoria superior por um lado, e
pregando sobre Jesus Cristo crucificado, por outro. Não seria então correto
dizer que para Paulo a “sabedoria dos homens” é, pelo menos, uso da mente
humana para obter ideias contrárias ao significado da morte de Cristo? Ou dito
de outra forma, se estamos seguindo os termos de mera sabedoria humana, o fato
de que o Rei e Criador deste mundo foi executado como criminoso porque somos
terríveis pecadores, seria visto simplesmente como uma absurdo intolerável.
Vejamos 1 Coríntios 1:18 para confirmar isso. Lembrem, o que
estamos perguntando? O que é que faz com que a sabedoria dos homens seja
destrutiva quando tratamos de converte-la em uma base para a fé? Versículo 18: Porque a palavra da cruz é loucura para os que
perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.
Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?” A maneira que Deus destrói a “sabedoria do mundo” (que é o mesmo que a “sabedoria dos homens” em 2:5) é planejando um caminho de salvação que seria ofensivo para à sabedoria do mundo, ou seja, a salvação através da execução ignominiosa do filho de um humilde carpinteiro judeu que se tornou um pregador, que passou a ser o Filho de Deus.
Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?” A maneira que Deus destrói a “sabedoria do mundo” (que é o mesmo que a “sabedoria dos homens” em 2:5) é planejando um caminho de salvação que seria ofensivo para à sabedoria do mundo, ou seja, a salvação através da execução ignominiosa do filho de um humilde carpinteiro judeu que se tornou um pregador, que passou a ser o Filho de Deus.
A pregação da cruz é loucura para a
sabedoria deste mundo. É por isso que a sabedoria dos homens é destrutiva para
a fé, é por isso que Paulo estava e nós devemos estar muito preocupados, para
que ninguém torne a sabedoria dos homens a base da fé, mas que todos cheguem ao
poder de Deus.
De maneira que a sabedoria dos homens é
destrutiva para a fé porque vê a palavra da cruz como loucura. Porquê? O que há
na sabedoria humana que faz que Cristo crucificado seja visto como loucura?
Paulo nos dá a resposta, creio que no capítulo 1, versículo 26 e seguintes:
Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne,
nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados; (padrões
mundanos) Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as
sábias;
Agora vejamos o seu propósito no versículo 29: Para
que nenhuma carne se glorie perante ele. Deus se voltou contra a sabedoria do
mundo, para que ninguém se glorie diante de Deus. A clara implicação é que na
raiz do que Paulo chama de “sabedoria dos homens” está o orgulho.
Então, todos esses versículos, sugiro tomar
esta definição da “sabedoria do mundo”: é o uso da mente humana para atingir e
manter um motivo de vanglória diante de Deus e dos homens. Agora começa a ficar
realmente claro por que a simples sabedoria humana vê a cruz de Cristo como
loucura. A morte de Cristo na cruz é uma acusação tão radical da feiura do
nosso pecado, que a sabedoria humana tem que sacar suas armas mais fortes para
destruir a cruz, para não perder seu motivo de vanglória.
Há duas possíveis respostas para a morte de
Cristo por nossos pecados: podemos vê-la como uma loucura e assim manter a
nossa auto-suficiência e orgulho, ou podemos vê-la com sabedoria e morrer com
Cristo. Há apenas um caminho que conduz à vida. Paulo expressa assim em Gálatas
6:14: Mas longe esteja de mim
gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo
está crucificado para mim e eu para o mundo. Se colocarmos nossa confiança
em Cristo crucificado pela nossa salvação, morremos para o mundo; o que
significa que renunciamos toda razão para se orgulhar de todo o mundo, incluindo
o que a nossa própria mente, pode oferecer. Mas desde que a “sabedoria dos
homens” está 100% comprometida em manter os motivos para gloriar-me, sempre
rejeitará a Cristo crucificado e intentará desativar seu poder chamando de
loucura.
Então, isso é o que temos visto até agora: em primeiro lugar
a meta do ministério de Paulo e o meu, e espero que o seu, seja produzir e
fortalecer a fé. Em segundo lugar, é possível tentar produzir fé chamando a
atenção para as coisas erradas e dando uma base defeituosa, neste caso, a
sabedoria dos homens em vez do poder de Deus. É destrutivo para a fé se
tentarmos baseá-la em mera sabedoria humana. A razão para isso é, em terceiro
lugar, que a sabedoria do mundo vê a palavra da cruz como loucura e assim
mantém os homens a distância da cruz. Em quarto lugar, a razão pela qual a
sabedoria dos homens vê a cruz como loucura é que a sabedoria humana é o uso da
mente para obter e manter o orgulho, mas a fé em Cristo crucificado é morrer
para o orgulho e renunciar a todos os motivos para se vangloriar, exceto um: o
que se gloriar, glorie no Senhor!
O poder
de Deus
Assim, não é razoável e muito urgente que todos os nossos
esforços para ganhar e fortalecer a fé para chamarmos a atenção das pessoas, não
com a sabedoria dos homens, mas para o poder de Deus? E agora devemos
perguntar, o que é isso? Capítulo 1, versículo 18; “Porque a palavra da cruz é
loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.
Versículo 23 e os seguintes: “Mas nós pregamos a Cristo
crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que
são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus,
e sabedoria de Deus.”
Em seguida,
o poder de Deus em 2:5 é onde devemos apoiar nossa fé, é o poder divino
desencadeado pela morte de Cristo para salvar os pecadores, e justificar os
ímpios. Quando Jesus foi mais fraco em sua agonia na cruz, o poder de Deus
estava em seu ponto mais forte, levantando o peso infinito do pecado e da
condenação das costas de todos aqueles que creem nele. Porque Jesus morreu e
suportou o castigo do nosso pecado, todo o poder de Deus, que criou o universo,
foi liberado para benefício dos eleitos de Deus. Como disse Paulo em Romanos
8:32: “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por
todos nós, como nos não dará (por seu poder infinito) também com ele todas as
coisas?”
Não nos
enganemos aqui, assim como a sabedoria de Deus é loucura para os homens, assim
o poder de Deus é visto pelos homens como fraqueza. Deus assim quer: capítulo
1, versículo 27: escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as
fortes; O poder divino sobre o qual repousa nossa fé não é o poder de Primeiro de
Maio na Praça Vermelha; não é o poder do grandes negócios ou da votação em
blocos; não é o poder da inteligência pessoal e da autoafirmação. O poder no
qual a fé salvadora repousa é o poder da graça divina que sustenta os corações
humildes e amorosos e que radiam através da fraqueza. Esse é o poder inimitável
que vemos em Cristo – docilmente, humildemente, com muito amor, indo para a
cruz por nossos pecados. O poder da graça de Deus que sustenta o humilde e
amoroso coração de Cristo irradiando através de sua fraqueza: este é o apoio da
fé salvadora e da demonstração do Espírito e do poder (2:4).
Então me
comprometo como seu pastor, e eu chamo para que vocês se comprometam como
ministros na igreja a atuar e falar de uma forma que leva as pessoas a confiar,
não na sabedoria dos homens, mas sim no poder de Deus.
Os meios do ministério de
Paulo: Sofrimento e fraqueza
Agora vamos mudar o foco do propósito do trabalho de Paulo
para a maneira que ele conseguiu. No início eu mencionei que hoje em dia, como
nos dias de Paulo, há traficantes do evangelho que parecem ter esquecido que no
coração da nossa fé há, “uma cruz velha enrugada, um emblema de sofrimento e
vergonha”, e que confiar em Cristo crucificado significa estar identificado com
ele na humilhação e sua morte, que só em tempos vindouros seremos glorificados
com ele, e que a duração deste período de tempo caminharemos pelo caminho do
Calvário. Certamente, não sem alegria – alegria indescritível e cheia da
esperança da glória – mas sempre alegres na fraqueza, injúrias, privações,
preseguições e nas angústias.
Cuidado com os pregadores inteligentes que nunca mencionam
essas coisas, para quem a cruz é um mero
símbolo, para quem a excessiva pecaminosidade dos nossos corações é raramente
mencionada, que usam o poder, a sabedoria, fama e luxos para chamar os
americanos egocêntricos da classe média a se considerarem cristãos, sem sacrificar
seu orgulho e auto-suficiência.
Em contraste com o apóstolo Paulo: 1 Coríntios 2:3, “E eu estive convosco em
fraqueza, e em temor, e em grande tremor.” Paulo nunca havia alcançado as
grandes redes de TV. Lembrem-se de que seus inimigos disseram a ele em 2
Coríntios 10:10, eles dizem: “Porque as suas cartas, dizem, são graves e
fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra desprezível.” Há um tipo
de cristianismo hoje em dia que teria perguntado a Paulo, “qual bem ele pode
fazer por Cristo? Somente vai decepcionar a todos. O que Cristo precisa é de
gente brilhante, gente com educação, poder, status, estilo. Caso contrário, como
vamos poder vender a imagem de Jesus ao público e evangelizar a América?”
A pergunta
de Paulo não era tanto “o que posso fazer por Cristo?”, mas sim “o que Cristo
pode fazer pelo mundo através de alguém indigno como eu? Não se perguntava,
“Quanto poder eu posso demonstrar de Jesus?” mas, “quanto poder pode Jesus
demonstrar através de minha fraqueza?” Lembrem-se de 2 Coríntios 12:8 e os
seguintes versos? Paulo disse algo acerca de um padecimento especial que ele
tinha: “Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A
minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa
vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o
poder de Cristo.”
Paulo sabia
que, se era pra ser um agente do Cristo crucificado para ganahr pessoas em sua
fé, devia seguir o caminho do Calvário. Ou seja, tinha que atrair a atenção das
pessoas não pelo seu poder, sabedoria, status ou estilo, mas com o poder de
Deus que se aperfeiçoa na fraqueza. Ele sabia que se o poder, a beleza, a
inteligência ou classes tivessem a atenção, qualquer conversão que acontecesse
não seria uma conversão ao Cristo crucificado.
Se é o poder
de Deus manifesto na fraqueza e morte de Cristo o que desperta e sustenta a fé
salvadora (como diz 2:5), então a maneira de refletir esse poder em nossas
vidas para o bem dos outros é levar a morte de Jesus em nossos próprios corpos.
Assim é como Paulo descreveu o poder de seu próprio ministério. Ele disse em 2
Coríntios 4:7-11: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a
excelência do poder seja de Deus, e não de nós. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados;
perplexos, mas não desanimados. Perseguidos,
mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do
Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos
nossos corpos; E assim nós, que vivemos,
estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se
manifeste também na nossa carne mortal.”
Agora, espero que vocês
compreendam quando digo que venho à vocês como seu pastor com fraquezas (que
aprenderam em breve) e com temor e tremor. Não é que eu não confie no poder das
promessas de Deus, mas sim que não confio em mim mesmo. Não é tanto o que eu vá
falhar - O que para o mundo é falhar - Mas sim que posso ter sucesso na minha
própria força e sabedoria, e falhar com Deus.
Existe um paradoxo aqui. Se
ele nos disse: Não tenham medo. “Não temas, porque sou contigo; não te
assombres, porque eu sou teu Deus. Eu te fortaleço, e certamente te ajudarei,
sim, eu o segurarei com a destra da minha justiça.” No entanto, paulo treme
quando assume a pregação do evangelho, treme com a enorme responsabilidade de
ministrar a palavra a esta igreja. Será que é porque a Paulo e a mim faltam fé?
Em parte sim. Senhor, eu creio, mas ajuda a minha incredulidade.
Mas existe outra razão pela
qual tememos. Durante está época em que o pecado no coração humano persiste
mesmo entre o povo de Deus, e onde a tentação da auto-exaltação e
auto-suficiência é implacável, Deus providenciou que seus servos temam com um
profundo sentimento de insuficiência de maneira que nunca esqueçam de que é o
poder de Deus e não a sabedoria do homem que produz e sustenta a fé salvadora.
John Piper
é fundador e professor em desiringGod.org e chanceler da faculdade de Bethlehem
College & Seminary. Por 33 anos, ele serve como pastor na Igreja Batista de
Bethlehem, Minneapolis, Minnesote. Ele é autor de mais de 50 livros.
Tradução: Daiana Oliveira (Foco na Palavra de Deus)
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